Poema: Sagrada

domingo, dezembro 28, 2014

MAKTUB__________Marcus Viana

Já estava escrito

No tempo e no espaço

Que a minha alma e tua

Uma luz seriam

Já estava escrito
 

Pelos milênios
 

Que no sagrado fogo da paixão
 

Nos consumiríamos

Sol do deserto
 

Queimando a areia
 

Tua presença é água
 

Que preserva a vida

Pomba selvagem
 

No azul da alma
 

Teu amor é luz
 

Que ilumina e cega

Já estava escrito
 

E Allah o sabe
 

Que a serpente mágica do amor
 

Nos faria deuses

Está escrito
 

Antes dos tempos
 

Que a vida vale apenas
 

Quando o amor nos toca
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sexta-feira, dezembro 26, 2014

IMORTAL




Dias longo e profundo de tédio
Intermináveis noites mal dormidas
Não é minha sina alimentar teu ego
Indomável e vaidosa ave de rapina

Espectadora do meu próprio teatro ridículo
Desejando entrar mais uma vez neste palco
Por mim mesma dirigida sem nunca ter escrito
Marionete maltrapilha no asfalto

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quinta-feira, dezembro 25, 2014

DOCE AMORA

Perfeita sedução são teus olhos negros
Que me contemplam inteiro
Como posso caminhar se tu me cegas?
Teu olhar atravessa-me a alma
Pois me vence teu olhos de gazela  
Olhar doce lascivo e veneno morteiro
Que me abate e depois me acalma.

Amora madura curtida ao sol e ao luar
Não preciso morrer agora
Para no paraíso dos deuses eu entrar.
Basta que me olhes amada amora
Para nos teus olhos eu me afogar.


Autora: Lunna Marcela
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INJURIA



 
Como um solo nunca antes pisado
A terra fértil que abunda os vales primaveris
Um mistério nunca antes desvendado
Nas doces noites febris

Como sou uma criança mimada
Que faminta sempre me jogo  
A inocência do mundo mutilada
Indefesa dormindo em teu colo

Quisera eu permanecer assim 
Dias, noites sem nunca dor conhecer
Mas dura suspeita e pobre de mim
Já não era tão a mesma ao alvorecer

Ouvi de tua boca, tu és puta, és baixa és vil
Não és a donzela que se prometeu
Tu foras só minha e de outros mil,
Se arrependas agora rezando aos céus.


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quarta-feira, dezembro 24, 2014

JURAS DE AMOR

Tal qual dama da noite
Sou eu em teus abraços, amor!
Tal qual colombina tímida
Dispo-me das máscaras
Em noite de carnaval

Tal qual uma ninfa encantada
Busco-te insaciavelmente
Tal qual a mãe carinhosa
Dou-me inteira
Em tempos de vendaval.

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PRECE NO ALTAR

Rogo aos ventos que me levem,
Quando me faltar coragem de partir.
Rogo aos raios do sol que me aqueçam,
Quando eu esquecer que represento a vida.
Rogo as águas dos rios me renovem,
Quando eu pensar que tudo está perdido.
Rogo as labaredas do fogo que me queimem,
Quando eu me sentir morta.

Que o manto noturno me lembre,
Que eu posso enxergar a luz.
Que as ondas do mar me lembrem,
Que eu posso contornar as pedras.
Que o silencio profundo me lembre.
Que posso escutar a mim mesma.
Que as águias no céu me lembrem,
Que voar é ser livre.


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CEGOS DE AMOR

Já perdida a estribeira 
Rodei no meu compasso 
Bebi da velha videira
Invadi o seu espaço

Senhora de tão pouco
Muito é tudo ou quase nada
Vaguei pelas soleiras
As janelas sempre fechadas

Vejo a luz pelas frestas
Ouço o som dos teus passos
Hoje não estás sozinho
Percebo barulho de festa

Risos soltos e copos a tilintar
-Vou embalar os dois amantes
A música vem me contar
Então percebo a verdade.

Era eu ali, naquele lugar, minutos antes!
Amar é uma arte e esquecer faz parte
.
Autora: Lunna Marcela


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ABRAÇADA COM O NADA

Porque a vida é curta 

Deveria eu chegar mais rápido

Um copo meio vazio 

Não tenho certeza
 
Esquecido no balcão
 
Uma ponta de cigarro
 
Ainda acesa
 
Jogada no cinzeiro
 
Eu a tenho desperdiçado
 
Eu sei, mas agora
 
Eu apenas quero dormir

 
Calar as vozes que ecoam
 
Pois já não me sinto
 
Gritam insatisfeitas
 
Querendo sempre mais e mais
 
Ópio e absinto
 
Mais uma dose de sarjeta

Que seja...
 
Cães que ladram
 
Vem buscar companhia
 
Disputam comigo o velho jornal
 
Porque não?
 
São meus hóspedes afinal!

 
A noite cede a luz
 
E eu me vergo ante seu peso
 
Volta amada amante
 
Guarde-me em teu seio
 
Quanto mais o vento sopra
 
Mais vida a se esvair
 
Deixando a cara dormente
 
Caindo-me nos olhos
 
Arrancando-me as asas
 
Derrubando em mim as lágrimas
 
Volta amada me faz existir novamente!
 
É chegada a hora estimada
 
Hora de dormir...
 
Finalmente!

Autora: Lunna Marcela
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PÁSSARO ERRANTE

Ao sabor do vento 
Rumo ao sol 
Ouço o som do coração
Contemplo as montanhas 
Mas longe me parecem
Já não tenho tantas forças

Com meu corpo alquebrado
Renovo as minhas preces
Pois não quero voltar ao chão
O chão me machucara
Espinhos na minha carne
Feriram minhas entranhas
Envenenando-me a alma
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VIDA NOVA

Esta noite foi diferente 

Esporadicamente não chorei 

Muito serena eu me deitei 

E dormi...

 
Dormi o sono das pessoas justas
 
Das que não se arrependem
 
Aquelas que sempre se rendem
 
E sonhei...

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FOI NO VERÃO

Você a velha e sincera razão 
Eu a mais nova e pura emoção 
Enquanto você é tão convicto 
Eu cada vez mais invicta 
Eu queria apenas dizer;
O tempo não para
E eu seria sincera
Pois parar não para, mas acaba

Assim como as chuvas
Que embora caiam sem cessar
Inesperadamente elas passarão
E em seu lugar surgem então
O mais belo e glorioso dia de verão
E se uma minúscula gota d’água sobrar
Vai nos lembrar que os dias de chuvas vêm e vão.

Se não precisas provar nada
Isso inclui a mim e o ninguém
Viver o que sentimos
É o que trás sentido ao nosso existir
Brincar, correr, abraçar, beijar...
...se apaixonar!!
 
Meras palavras se não forem sentidas.
E a vida passa assim como chuva
Assim as palavras na boca de um tolo
São como as folhas no inverno
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CIRANDA DE AMOR

A roda gira, gira e roda 

Amor coreografado

Na ginga da festa pagã

A música invade os corações 
 
Dispersa os sons desarvorados
 
O fogo iluminando a noite
 
Num convite pra dançar

 
Vestida de pele, instinto e carmim
 
Ela baila solta e feroz
 
O corpo luzindo
 
E banhado em prata 

Atraindo bem mais que atenção
 
Eis que surge então um belo moço
 
E com ela põem-se a dançar

 
A lua assistia comovida
 
O emocionado entrelaçar
 
Yn-yang unidos na perfeição
 
Quem poderia duvidar neste momento
 
Não haver felicidade
 
A lua então se escondeu emocionada

 

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LOBO BRANCO

Quando a noite nos cobrir

Que o breu me leve ao perigo

Nele tu vais rondar 

Um lobo branco voraz 
 
Nos meus sonhos procuras abrigo.

 
Quando a distancia nos separar.
 
Que nos sirva a lua de leito amoroso.
 
Nela eu vejo o teu rosto
 
Deliro, pois ao saber
 
Que nela tu sentes meu gozo.

Autora:Lunna Marcela


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MENINA MULHER

Uma menina tão delicada
Com sua voz forte. 
És empoderada,
Precisa e afiada,
Doe mais que um chicote!

Brava guerreira,
Não teme ao perigo.
Carrega no peito,
Um terno abrigo.

Onde precisar
Ela vai!
Com suas irmãs
Sem muitos ais.

Coração de menina
Rosto de mulher
A música rouca
Demoro só pra ver
A’alma tão linda
Que sai da sua boca

Seu cabelo é vermelho
Tal qual és a paixão
Livre da vaidade
Quebrou seu espelho.

Olhar muito doce
Como um camafeu
Seu nome és lindo
Julia Caffeo

Autora : Lunna Marcela 


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A BATALHA DO TEMPO

O guerreiro avança impiedoso 
Doze casas a conquistar
Em cada casa trinta salões 
O guerreiro luta sem cansar 
Embora em cada salão
Tenha vinte e quatro guardiões

Ele propõe com muita esperteza
Quatro grupos de sete
Pouco a pouco os enfrentar
Machucado e combalido
Enfim ele teve certeza
Venci um a um 365 desafios.
Kronos morto
Viva Kairós!!

Autora: Lunna Marcela


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UMA VEZ MAIS

Quando baterdes a porta 
Não se esqueça de devolver a chave 
De esvaziardes as gavetas
De me lançar um olhar suave
De carregar suas certezas

Quando saírdes ao corredor
Conte cada passo que o afasta
Cada palavra mal dada
Cada jura nefasta
Cada lagrima derramada
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A FLOR

Na flor da tenra idade,
Tivestes sempre de mim,
De tudo o bastante,
Apenas o que desejastes.
Matei todo o restante, 
Exatamente como quisestes,
E sendo exatamente assim,
Dediquei-lhe por toda longa e breve vida,
Uma grande e sincera amizade.


Autora: Lunna Marcela 
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SEGUINDO EM FRENTE

Já depositei as minhas armas, 
Fui vencida por tão pouco. 
Bastou o teu absinto, 
Pra eu me embriagar. 

Já retirei minha armadura,
E entreguei o meu tesouro.
Expus a alma, expus todo o meu corpo,
Foi tão fácil te amar.
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SERENADE

No silencio da noite escura, 

As margens do teu império 

Banha-se em prata desnuda, 

Envolta em seus mistérios.

 

A voz rasgava a véu
 
A rezar algum rosário
 
Cantava alguma prece
 
O trovador solitário
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VIUVEZ

Viúva eterna de mim mesma 

Morro a cada dia mais um pouco

Corro em rumo duvidoso

As chagas expostas na dança de um louco
 

Rodopio... Balanço... E olho feliz
 
Abro os braços tal qual meretriz
 
Que venha meu jovem amante
 
Venha de uma vez
 
E arrebata-me de tão estúpida viuvez

 
Autora: Lunna Marcela


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SOU MULHER

Pecado, loucura e fé

O caos que se instala na ordem 

Conflito eterno entre o ser 

E o descobrir “ser”
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NATUREZA DA MULHER

Se me magoa, descarto!

Se não posso ser eu 

Jamais serei outra 

Doce e amarga,
 
Dura e derretida
 
Não sou uma boa mistura?
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SATISFAÇÃO

Da comida a ser servida

Aquela que me fará salivar 

A mistura inusitada 

Do sol e da lua vou provar.

 
Também quero na fonte beber
 
De prazer me inebriar
 
Degustando a vida a verter
 
Sim, vou minha sede afogar

Quero a vertente das cascatas
 
Lavando todo o meu ser
 
Do peito até o regaço
 
Então...
 

Se no crepitar das fogueiras
 
Minhas dores derreter
 
Eu morro dela e dela renasço.

Autora:
Lunna Marcela



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O MUNDO NAS MÃOS

Se a condenação lhe chega antes mesmo de o delito cometer,
Se lhe dizem que já perdeu antes mesmo de a luta começar,
Se lhe apontam por aonde ir antes mesmo que queira seguir,
Se tua boca se cala antes mesmo de um pensamento exprimir.

Tua capacidade,
Tua sanidade,
Tua competência,
Tua moral...
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MULHER



Nas ondas do mar bravio

Rompo os ventos, atravesso os rios 

Desço as encostas, mas não me extravio!

 
De dia ou a luz da lua
 
Vestida ou quase nua
 
Sou minha e não sua!

 
Autora: Lunna Marcela 
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AÇOITES


O primeiro eu não esqueço
Varou-me a carne
E o sangue me esvaia quente
Expôs-me os ossos
Foi difícil sentir-me gente

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