EU
Um
dia eu me encontrei
Foi
de repente
Meio
de inesperado
E um
pouco inusitado
Um
dia eu andava cabisbaixa
Dobrava
alguma esquina
Ou
foi na saída de um bar?
Aliás, deixa eu me corrigir.
Era
noite quando me encontrei
Era
uma noite tão igual a tantas
Que
dela não recordo nem as horas
Eu
ia andando distraída
Quando
me vi, vindo em minha direção
E
eu estava linda aquela noite
Eu
vim andando calmamente
Como
se eu flutuasse
Parecia
que eu estava distraída
Mas
meu olhar estava fixo no meu
E eu me afoguei no lago escuro do meu olhar
Olhei
a minha boca,
Nem
grande nem pequena
Na
medida certa pra minha boca beijar
Eu
sorri ...
Apenas
um trejeito no canto dos meus lábios
E eu
soube que eu adivinhara meus pensamentos nada castos
Então
a minha boca se abriu
E foi
como se eu sugasse o meu ar.
Aquele
sorriso...
Aquele
olhar que eu me lancei,
Fizeram-me
juras
Prometeram-me
loucuras
Sem
sequer proferir palavra alguma
O
cabritinho que eu trazia no peito
Saltava
nervoso querendo logo o peito da mãe
-Acalma-te
cabritinho!
Perto
esta a hora do seu deleite
Minhas
pernas teimavam em querer dobrar-se,
Mas
me mantive firme na decisão de me querer
finquei-me
ali, olhos nos olhos sem nem piscar,
Piscar?
-E me
perder de mim?
Num
movimento ligeiro e gracioso
Eu
fiquei frente a frente comigo
E eu
senti que eu também tremia
E o
tal sorrisinho lindo e brejeiro
Era
um tic nervoso
Eu
também afetava a mim.
E me exultei em alegria genuína!
Achando
coragem nem sei de onde
Estendi
meus braços e me abracei
Afundei
meu rosto no meu seio farto e
Respirando
fundo desejei morrer naquele instante
Oh
felicidade suprema e divinal
Eu
também me amava, eu podia sentir!
Eu
também me queria,
E
me procurava assim como eu
Agora
estávamos juntas novamente
Eu
segurei meu rosto e me beijei
Então
eu senti,
Senti
que eu e eu nos desejávamos
Como
se fossemos unicamente uma
Eu
me deitei ali mesmo naquela esquina
Debaixo
da marquise
Com
um gato por testemunha
Foi
então que percebi ter lua
Pois
vi seu reflexo no meu olhar,
Era
lua ou a luz do poste?
Não
sei, só sei que eu estava linda,
-Era
no meu olhar
Ou
no meu mar que eu me afogava?-Perguntei-me afogueada
E eu
estava irremediavelmente seduzida por mim
O
vento revoando os meus cabelos
E colando
a minha saia as minhas coxas
Ah!
Desejo e loucura!
Embaladas
com sofreguidão
Eu
não podia mais esperar para me amar
E Eu tinha urgência de ser
minha
Autora: Lunna Marcela
oooiiieeeeee.....as vezes se perder é necessário mas o reencontro é fundamental para prosseguir sem deixar metades para trás.
ResponderExcluirbeijos
http://sonhosdeleitor.blogspot.com.br/
Oi Lunna,
ResponderExcluirQue prazer poder ler seus poemas de novo fazia tempo que não nos dama esse prazer.
Adorei ler esse reencontro.
Beijos
Conversas de Alcova ❤
OMG!!! Amei seu poema, você possui um dom maravilhoso com as palavras, fiquei encantado. Adorei que vc quis passar a importância do amor próprio, de nos amar e sermos felizes conosco, estava precisando de palavras assim, amei , amei , Abraços.
ResponderExcluirOii Gustavo que bommmm que gostou nossa fico super feliz qdo alguem vem aqui no nosso cantinho e se sente acarinhado.. bjss volte sempre
ExcluirLindo! Parabéns, dá para ver toda a sensibilidade que vc tem.
ResponderExcluirEu, como boa formanda em Letras percebi alguns errinhos gramaticais mas nada que com uma revisão não tire o brilho da escrita! Continueee se encontrando!!
Que palavras belas! Não leio muito poesias, gosto das do Edgar Allan Poe, mas não leio sempre. Mas acho super legal essa forma de expressão de sentimentos :)
ResponderExcluir